6 de maio de 2008

Uma Opinião Própria

Pois é, dessa vez o papo não envolve técnica... e envolve, mas não diretamente... Acontece que nos últimos dias, enquanto buscava umas novidades pra postar pra vocês, descobri novos produtos, algumas particularidades sobre fabricantes, sites, blogs e comunidades no Orkut. Mais que isso! Me toquei que muitas vezes, alguns profissionais, quase que despreocupadamente, junto com aquela dica super prática, deixam implícito (às vezes é explícito mesmo!) o preconceito sobre essa ou aquela marca.

Sabe o que é pior???

São opiniões assim: “ no meu curso aprendi que o melhor é esse tal...”; “meu professor fulano disse que o ideal é aquele outro...”; “profissional que quer fazer nome não se envolve com marca do tipo X...”. E por aí segue o devaneio dessas figurinhas que com tantas pérolas vão terminar se tornando peritos em jóias, ao invés de renomados maquiadores como tanto anseiam.

É (eheheh)... em meu currículo educacional não incluíram aulas sobre imparcialidade, se houveram, não estive presente. A mim não interessa essa coisa de entrar pra discutir um tema sem paixão e por isso vou deixar bem claro o que penso porque não quero leitora ou aluna minha com cabeça cheia de caraminhola sem fundamento.

Usem Vult sim, usem Avon, usem Elke, Payot e as quatro linhas de maquiagem da Natura. Usem o que vocês gostam e podem comprar. A grande sacada é você saber exatamente como e quando usar o que se tem e é aí que entra a importância do domínio sobre a técnica, como usar aquele truque na ocasião certa.

Não quero dizer com isso que marcas como Dior, Givenchy, Guerlain, Lancôme e outras tantas respeitadíssimas não tenham sua importância. Têm sim! São fabricadas com matérias-primas e formulações que facilitam aplicação, em alguns casos trazem tratamentos anti-idade, às vezes uma tonalidade inédita. Mas não se engane: o novo rímmel que a Clinique lançou esse mês não maquia sozinho; aquela sombra lindíssima da MAC também não! O que acontece é que pra quem tem prática a aplicação de determinado produto vai causar “aquele efeito” mais facilmente que aquele mais acessível. E aí eu respeito quando vem um profissional ou consumidor e diz: “Não me identifiquei com Y. Me adapto melhor com Z.” Tudo bem. Você experimentou aquele produto e te causou uma alergia ou não fixou legal ou não gostou da textura, enfim, emita sua própria crítica, não se limite a repetir o que alguém disse, não se baseie em relatos alheios pra definir o que lhe cai bem ou qual produto apresenta boa qualidade.

Na minha case profissional carrego produto de todos os preços e marcas. Cada um produz um efeito e cada efeito desses tem pra mim um significado e assim personalizo meu jeito de trabalhar. Nunca escondi de minhas clientes a marca dos produtos que utilizo nelas e nunca me faltaram clientes ao longo desses 7 anos nos quais tenho maquiado profissionalmente.

O segredo está na direção certa do traçado, na posição e manuseio correto dos pincéis, na harmonia da combinação de cores ente elas mesmas e com sua pele cabelos e olhos, no jogo de claro-escuro e assim por diante. Você pode sim reproduzir em você mesma aquela maquiagem da capa da revista usando os produtos de seu nécessaire. Que tal começar os experimentos agora mesmo??

P.S.: Post especial de Dia das Mães sai na sexta (09/05)! Até lá! Beijos a todas.

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